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I Curso Livre

História dos Hospitais Portugueses

Os hospitais que conhecemos hoje, visando, em primeiro lugar, curar a doença e promover a saúde numa tentativa de responder aos problemas da sociedade, são fruto de reformas e profundas mudanças operadas no tempo longo da História. Analisar a história dos hospitais é atender às condições políticas, económicas, culturais, religiosas e sociais de uma determinada sociedade.

Se na Idade Média, o conceito está associado ao acolhimento a pobres e a doentes no mesmo espaço e na maioria das albergarias/hospitais não existia corpo médico, ainda em finais desse tempo histórico se assiste a uma reforma do setor hospitalar em Portugal.

As mudanças foram acompanhadas de permanências e conheceram momentos fundamentais no dealbar da Idade Moderna e na Idade Contemporânea, muito embora os contextos e as diferentes realidades aconselhem prudência quanto ao surgimento do “hospital como instrumento terapêutico”, seguindo o pensamento de Foucault. Certo é que os hospitais foram respondendo às exigências que se lhes colocavam em termos de doentes e doenças, alterando a sua configuração física, o seu funcionamento interno, separando os que eram só pobres daqueles que também eram doentes, criando diversas enfermarias para doenças diferenciadas e munindo-se de espaços para convalescentes. Muniram-se também de equipas de curadores, as quais se foram profissionalizando e diversificando com o avançar dos tempos. Também as farmácias/boticas se tornam indispensáveis nos grandes hospitais e nos de média dimensão. Numa altura em que os hospitais eram para pobres, a dieta alimentar que lhes era proporcionada era fundamental para o tratamento ministrado. Mas neles, tinha também relevância a assistência à alma. Estamos num período em que os hospitais pertenciam maioritariamente às Misericórdias, mas outros surgiram, ligados a algumas ordens religiosas, principalmente para tratar dos seus membros. Também a própria Coroa erigiu hospitais reais para curar militares, principalmente nas zonas de fronteira e em locais onde os hospitais das Misericórdias não conseguiam absorver, quase sempre por falta de espaço, os militares enfermos.

Com o surgimento do hospital moderno, a saúde regista um enorme avanço, de acordo, aliás, com o progresso da Ciência e das Ciências da Saúde em particular. A profissionalização e a especialização dos médicos e dos enfermeiros, os avanços tecnológicos, os meios de diagnóstico e a profunda especialização quer nas doenças, quer nos tratamentos obrigaram não somente a novos complexos hospitalares, mas igualmente à especialização dos hospitais: maternidades, pediátricos, militares, psiquiátricos, oncológicos, etc.

Sublinhe-se também as mudanças políticas e as suas implicações na saúde e nos hospitais. O Serviço Nacional de Saúde trouxe nova configuração ao setor, com implicações nos hospitais e na vida de todos os cidadãos e o mesmo se refira relativamente aos novos modelos de gestão e aos problemas com que os hospitais se confrontam nos nossos dias.

 

Assim, são nossos objetivos principais:

Conhecer a história dos hospitais portugueses;

Analisar a sua evolução;

Debater conceitos e realidades;

Analisar as reformas a que estiveram sujeitos;

Conhecer as alterações e as permanências;

Conhecer os agentes da saúde;

Debater o papel das Boticas/Farmácias hospitalares;

Identificar tipologias de hospitais;

Identificar espaços de cura do corpo e de salvação da alma;

Debater o quotidiano hospitalar;

Reconhecer a existência de sociabilidades e conflitos;

Conhecer os utentes dos hospitais;

Avaliar a alimentação que lhes era fornecida;

Analisar o impacto das doenças nos hospitais;

Analisar o seu funcionamento em tempo de epidemias;

Debater os principais desafios dos hospitais na atualidade;

Debater os modelos de gestão de humanização;

Reconhecer as dificuldades atuais dos hospitais;

Avaliar os custos da saúde e as repercussões nos hospitais;

Projetar o hospital do futuro.

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